Pfizer e Lyft reportam resultados – RADAR GLOBAL

EMPRESAS

Temporada de resultados do 4T21 nos EUA – Ontem: Lyft e Pfizer. Hoje: Uber e Disney. Amanhã: Coca-Cola e Twitter.

Pfizer projeta receita recorde em 2022, impulsionada por venda de vacinas: A Pfizer (PFIZ34) divulgou seus resultados do quarto trimestre nesta terça-feira, antes da abertura do mercado, com uma receita de US$ 23,8bi vs. US$ 24,1bi, em linha com as expectativas dos analistas; o LPA (lucro por ação) foi de US$ 1,08 vs. US$ 0,87 projetado pelo mercado, uma surpresa positiva de +24%. A decepção em faturamento da Pfizer foi causada por vendas fracas em seus segmentos de medicina interna e hospitalar. As vendas de medicina interna do quarto trimestre caíram 3% ano a ano, para US$ 2,24 bi, enquanto as vendas hospitalares ficaram praticamente estáveis ​​em US$ 1,88bi.

No entanto, a receita do quarto trimestre da empresa mais que dobrou para US$ 23,8 bi a/a, impulsionada por US$ 12,5bi em vendas de sua vacina para a Covid-19. A pílula antiviral da empresa que combate a Covid, Paxlovid, contribuiu com US$ 76 mi em vendas nos EUA durante o quarto trimestre. A Food and Drug Administration (FDA) concedeu a aprovação de emergência da pílula em dezembro. Olhando para o futuro, a Pfizer projeta que gerará uma receita recorde em 2022, com contribuição de US$ 32bi proveniente de suas vacinas contra a Covid-19 e US$ 22bi de sua pílula antiviral para tratamento do vírus, Paxlovid, neste ano.

Lyft supera expectativas, mas decepciona em número de usuários ativos: A Lyft também reportou seus resultados nesta terça-feira, com uma receita de US$ 970mi, vs US$ 940mi projetados, o LPA foi de US$ 0,09, uma surpresa positiva de 12,5%. A empresa registrou 18,7 mi de passageiros ativos no último trimestre de 2021, um aumento de quase 50% vs. o ano anterior, mas abaixo das expectativas de 20,2 mi, segundo a StreetAccount. O número de usuários ativos representa um leve declínio em relação ao terceiro trimestre, quando a empresa pontuou que tinha 18,9 mi de passageiros ativos. Olhando para o futuro a companhia projeta uma receita entre US$ 800mi e US$ 850mi no primeiro trimestre de 2022, uma leve queda em relação ao trimestre atual por conta dos impactos do aumento de casos causados pela variante Ômicron. Por fim, a empresa não forneceu orientações exatas sobre as projeções de passageiros ativos para o primeiro trimestre de 2022, mas o consenso da StreetAccount aponta projeções de 21,7mi..

Nvidia (NVDC34) e SoftBank desfazem o acordo de compra da Arm: A multinacional planejava adquirir a Arm por um valor de US$ 40bi, distribuído entre ações e caixa, mas foi encerrado devido a “desafios regulatórios significativos”. O presidente executivo da Nvidia, Jesen Huang, afirmou que a proposta de aquisição representava uma das maiores apostas de expansão da companhia para amplificar sua presença no segmento de processadores gráficos utilizados em videogames, cálculos de inteligência artificial e mineração de criptomoedas.

Com o desfecho da aquisição, Huang afirma que continuará trabalhando com a Arm, mas como licenciada. Além disso, o Softbank afirmou que agora a Arm se preparará para uma oferta pública até o final de seu ano fiscal corrente. Os negócios da Arm foram impulsionados pela alta demanda por seus chips com arquitetura fundamental para processadores de smartphones.

ANÁLISE

Mercado endereçável total de hidrogênio pode atingir US$ 1tri até 2050: O gráfico acima, do Goldman Sachs, mostra que o TAM (Mercado Total Endereçável) para geração de hidrogênio, que vem emergindo como um pilar crítico para o caminho de zerar as emissões líquidas, pode  dobrar dos US$ 125bi atuais e chegar a US$ 250bi até 2030 e, posteriormente, a US$ 1 tri até 2050. O hidrogênio auxiliou na descarbonização de cerca de 15% das emissões globais de efeito estufa e a sua escala já está ganhando cada vez mais força quando se fala em geração de energia. Estima-se que os projetos médios poderão aumentar a sua capacidade em 100x, de 2MW em 2020 para 200 MW até 2025. Este aumento poderá levar a uma deflação de custos de 40% até 2025, similar ao que foi observado para baterias nos últimos cinco anos.

O banco afirma que o hidrogênio limpo pode se transformar em um grande mercado global, impactando os padrões geopolíticos no fornecimento de energia. Regiões como MENA (Oriente Médio e Norte de África), América Latina, Austrália e Península Ibérica podem emergir como principais exportadores de hidrogênio limpo, enquanto a Europa Central, Japão, Coréia e China Oriental podem emergir como principais importadores.

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