Autor: Research XP
20/10/2022 17:21:58 • Atualizado em 27/10/2022 11:55:30
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira, 26, manter a taxa básica de juros, a Selic, a 13,75% ao ano. Após a decisão, os experts da XP analisaram os desdobramentos para a economia e os mercados. Assista abaixo e saiba os impactos da taxa de juros para seus investimentos.
Copom em compasso de espera
De acordo com o economista-chefe da XP, Caio Megale, a decisão do Copom já era amplamente esperada. Além disso, o comunicado pós-reunião também manteve praticamente a mesma sinalização da reunião de setembro, indicando que o comitê deve manter as taxas nos níveis atuais por um longo período para garantir a convergência da inflação para a trajetória de metas.
“O nível da selic de 13,75% é considerado por nós e pelo Copom como “contracionista”, ou seja, que leva à uma desaceleração da economia e a uma queda da inflação”, afirma Megale em relatório. Segundo ele, o comunicado pós-reunião indicou que os juros podem voltar a subir se a inflação não cair como o comitê espera.
Retorno na Renda Fixa
Com a manutenção da taxa Selic, a head de Research de Renda Fixa da XP, Camilla Dolle, fez uma tabela com a simulação dos principais ativos da modalidade.
Investindo R$ 10 mil, os retornos em 3 anos variam, e o montante final pode chegar a R$ 12.767,19, caso fique na poupança, e a R$ 14.328,54, se aplicado em um CDB (110% do CDI).
O que esperar para a Bolsa?
Após a decisão, os estrategistas da XP também traçaram as expectativas para a Bolsa brasileira. “Apesar das incertezas políticas e das taxas de juros em patamares ainda altos, continuamos vendo a Bolsa brasileira como atrativa”, afirmam em relatório.
Os analistas explicam que a alta na taxa de juros impacta diretamente o custo de capital das empresas brasileiras, ou seja, quanto maior os juros, mais caro fica para a empresa captar recursos no mercado. Portanto, juros em alta tendem a ser negativos para a Bolsa. “Porém, a notícia boa é que o Banco Central do Brasil, ao contrário da maioria dos bancos centrais do mundo, já está no fim do seu ciclo de alta nos juros.”
E os Fundos Imobiliários, como ficam?
Maria Fernanda Violatti, analista de Fundos Imobiliários e Fundos Listados, afirma que os fundos imobiliários seguem como uma opção interessante para investidores que buscam renda e valorização do seu patrimônio. “Entendemos que ainda existem fundos de tijolos que estão negociando em patamares atrativos. Sendo assim, investidores orientados ao longo prazo podem vir a se beneficiar de um eventual upside no médio prazo”, destaca.
“Já nos fundos de recebíveis, aqueles que possuem seu portfólio indexado em inflação, em sua maioria, apresentaram queda expressiva nos seus dividendos nos últimos meses devido impacto da deflação. Com isso, diversos fundos chegaram a negociar com descontos, abrindo uma janela de oportunidades.”
Confira também nosso artigo sobre Meta é oportunidade ou “armadilha”?
Fonte: conteudos.xpi
0 Comments